ORU^R01 – Envio de Sinais Vitais

Esta mensagem é despoletada quando o utente, ou o seu responsável, enviar os sinais vitais para o software clínico, (ex: HES) através do monitor de leitura dos sinais vitais.  A leitura pode ocorrer no ambiente hospitalar ou na residência do utente. Essa monitorização é usada por utentes que necessitam de monitorização contínua em situações de risco num ambiente assistido.

Esta mensagem é constituída pelos seguintes segmentos:

• MSH: Header da mensagem que identifica o tipo da mensagem (ORU^R01), a sua origem e o seu destino;
• PID: Contém toda a informação relativa ao paciente que é alvo da leitura;
• PV1: Contém informação relativa à visita do utente (seja em ambiente doméstico ou hospitalar);
• OBR: Contém o código “LOINC”, indicativo de uma mensagem de sinais vitais;
• OBX: Contém informação acerca do sinal vital a ser registado.

O segmento OBR funciona como um identificador para a mensagem de sinais vitais, no campo OBR-4 contém o código que identifica a mensagem como sendo relativa a sinais vitais. No OBR-3 vai ser enviado o agregador de todos os sinais vitais que são enviados nos seguintes segmentos OBX.

Mensagem exemplo para envio de Sinais Vitais - Módulo de internamento:

Nesta mensagem são apenas descritos alguns sinais vitais a título de exemplo. Para mais informações acerca dos códigos LOINC existentes consultar o site.

No segmento PID são enviados todos os dados demográficos do utente.Neste exemplo, são passados os sinais vitais da utente "LAST_NAME" . No segmento MSH desta mensagem é passado o identificador relativo a uma mensagem de resultados, ORU^R01. 

O segmento OBR (Observation Request) é utilizado para passar informação especifica de um pedido de diagnóstico, uma observação, um exame físico ou uma avaliação. Neste caso é usada para o envio de sinais vitais. No campo OBR-1 é passado um número sequencial do segmento, isto é, quando a mensagem tem apenas um segmento OBRo campo OBR-1 vai ser "1", caso tenha dois segmentos OBRo segundo OBRvai ter um número sequencial "2". No segundo campo deste segmento, OBR-2, é enviado um identificador deste pedido, esta string é atribuída ao pedido pela aplicação (placer) que faz a requisição. No campo OBR-3 é passada informação acerca do número de inscrição na aplicação que preenche o registo (filler), nesta mensagem de sinais vistais este campo deve seguir sempre preenchido quando os registos são feitos. O campo OBR-4 é um identificador universal da observação em questão (indicador da operação de sinais vitais). No campo OBR-7 é passada a data e hora relativamente ao momento em que foi efectuada a observação (registo). No campo OBR-25 é enviado o estado do resultado da mensagem de sinais vitais, os códigos possíveis para este campo são descritos na tabela 0123. Quando não é possível enviar as medições de sinais vitais este campo deve indicar isso mesmo com o código "S".

Para finalizar esta mensagem, temo o segmentos OBX, um segmento para cada registo/medição de sinais vitais diferentes que são enviados na mensagem. Este segmento é usado para transmitir uma observação singular. Este segmento, começa por ter um número sequencial relativo ao próprio segmento como acontece no segmento OBR. No campo OBX-2 é passado o formato em que a observação vem, neste exemplo os campos são preenchido com o valor "NM" que indica que as observações vão ser passadas num valor numérico. O campo OBX-3 é um identificador da observação (sinal vital) que está a ser enviado neste registo, juntamente com a sua descrição no campo OBX-3.2. O campo OBX-4 é utilizado no caso de o identificador do campo OBX-3 se repetir dentro do mesmo OBR, caso isto se verifique, são atribuídos números sequenciais começados no 1 para cada OBX-3 repetido.

O campo OBX-5 vai passar o valor da observação efectuada, este valor deve corresponder sempre ao formato declarado no campo OBX-2. O campo OBX-6 este campo serve para indicar quais as unidades de medida relativas ao valor da observação. No campo OBX-7 são discriminadas as quantidades limite que podem ser passadas no valor da observação, mínima e máxima respectivamente. O campo OBX-8 contém um código que indica se o valor enviado está dentro dos valores "normais" ou não, por exemplo, caso o valor observado esteja abaixo dos valores recomendados no campo OBX-7 é passado o valor "L" que indica que valor se encontra abaixo do normal. O campo OBX-11 indica os resultados finais da observação, os valores que este campo pode tomar são discriminados na tabela 0085. O campo OBX-14 passa informação acerca da data e hora a que foi realizada a observação, este campo é apenas necessário quando a observação em questão não tem a mesma data e hora do segmento OBR. O campo OBX-16 pode ser utilizado para indicar quem foi o responsável pela observação em questão. Por último o campo OBX-18 serve como identificador do equipamento que foi utilizado para efectuar as medições.